LINFOMAS

O que são

São doenças malignas que surgem de células linforeticulares. Estas células estão localizadas principalmente nos linfonodos (gânglios). Podem também ocorrer em outros locais do corpo, como os pulmões, trato gastrointestinal, ossos, testículo e cérebro, por exemplo.

A definição de linfoma abrange um grupo heterogêneo de doenças que apesar do grande número de aspectos comuns, têm diferenças quanto à epidemiologia, histologia e prognóstico. Dependendo da histologia, dividem-se dois grupos: os linfomas Hodgkin (LH) e os linfomas não-Hodgkin (LNH).

Incidência

Nos EUA, são estimados 60.000 casos novos anuais, com predomínio de incidência em regiões mais industrializadas. A taxa de incidência é muito variável de um país para outro. Os homens brancos têm uma taxa de incidência maior de LH e LNH. Entre as crianças, porém, os LNH são mais comuns na África e no Oriente Médio do que na Europa e nos Estados Unidos.

No Brasil não há estatísticas confiáveis em relação aos linfomas.

Mortalidade

Estima-se que ocorram nos EUA 27.000 mortes anualmente, por linfomas.

Fatores de risco

A depressão do sistema imunológico aumenta a susceptibilidade a estas doenças, então pacientes com infecção pelo HIV ou HTLV-1 têm maior risco. Estão sendo estudados alguns agentes químicos, como herbicidas, que podem ser importantes por exposição ocupacional. Também tem sido demonstrado associação dos linfomas com infecção por certos tipos de vírus, como o EBV (Epstein-Barr virus).

Sinais de alerta

Aumento de linfonodos (gânglios), febre sem motivo aparente, sudorese noturna, perda de peso, anemia, prurido generalizado. Ocasionalmente, pacientes com LH podem referir dor à ingestão de álcool e em áreas de acometimento linfomatoso.

Diagnóstico precoce

O diagnóstico requer exame histológico do linfonodo afetado, o que se faz por biópsia, devendo-se retirar o linfonodo inteiro, junto com sua cápsula. Aspiração por agulha é insuficiente. Exames gerais são indicados para se avaliar o quanto a doença já se espalhou.

Tratamento

Varia muito de acordo com o tipo histológico da doença. Não se justifica a cirurgia radical nas áreas nodais. A cirurgia pode ser indicada nos estágios iniciais de linfomas do trato gastrointestinal, mas a radioterapia local é tão eficiente quanto a cirurgia. Em geral, pacientes com linfomas em estágios iniciais são tratados com radioterapia, sendo a quimioterapia usada em estágios mais avançados. O transplante de medula óssea, após quimioterapia radical, tem se mostrado uma forma eficaz de tratamento, masmo para casos avançados.

Sobrevivência

A maioria dos pacientes com LNH localizado é curada com radioterapia. Os pacientes com doença no estágio III e IV, com histologia favorável (com boa resposta à quimioterapia), tem boas remissões, mas acabam morrendo devido a sua doença. Os pacientes com tumores de mau prognóstico (alto grau de malignidade) em estágio avançado têm cerca de 30% de chance de cura com quimioterapia agressiva.

Os subtipos histológicos com melhor chance de cura são os chamados histiocíticos (de grandes células).

Taxa global de sobrevida em cinco anos: 50%
 
Saiba mais: